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ALIMENTOS TRANSGENICOS E GMOS

Atualizado: 15 de dez. de 2018

AFINAL, SÃO SEGUROS?




Os alimentos transgênicos são aqueles que passaram por melhorias genéticas para agregar algum benefício, da adição de nutrientes à otimização da produção agrícola.


Isso é feito por meio de técnicas de biotecnologia que inserem no genoma do alimento (uma planta, um fungo, um animal de criação ou um microrganismo) um gene que vem de outra espécie.

O objetivo do desenvolvimento de um alimento transgênico pode variar. A tecnologia pode gerar plantas mais produtivas, nutritivas e resistentes a doenças e pragas. É possível também criar variedades tolerantes a certos tipos de defensivos agrícolas e estresses ambientais causados por mudanças climáticas.


OGM e Transgênicos: você sabe a diferença?


Organismos geneticamente modificados (OGM) e transgênicos têm significados distintos, mesmo que geralmente sejam tratados como sinônimos. Mas você sabe a diferença entre eles? A legislação brasileira diz que, independentemente da origem do material genético, todo o organismo que tiver seu DNA modificado por meio de qualquer técnica de Engenharia Genética é considerado um OGM. Essa modificação pode ou não inserir um gene externo no DNA do organismo. A técnica contribui para desenvolver organismos com características de interesse específico a exemplo de cor, tamanho, velocidade de crescimento e etc.

Inicialmente, a seleção das sementes era realizada apenas por meio de técnicas convencionais, como o cruzamento entre plantas. Com o passar dos anos, descobriu-se como as características são passadas de uma geração para outra e qual o papel da genética neste processo. As técnicas foram aprimoradas e as descobertas tornaram-se cada vez mais detalhadas.

Os novos métodos utilizados permitiram que os genes fossem transferidos sem a reprodução sexual.

A tecnologia que permitiu esse avanço ficou conhecida por Engenharia Genética.


Dessa maneira, um OGM pode

• ter a adição de um gene proveniente de uma espécie não sexualmente compatível (transgênico)

• ter a adição de um gene de uma espécie com a qual poderia haver um cruzamento (cisgênico)

• ter um ou mais de seus genes deletados.


Cisgênico significa que o organismo teve seu DNA modificado por meio de biotecnologia usando apenas genes de espécies que podem ser cruzadas naturalmente.

Um dos exemplos mais conhecidos de cisgenia é resultante da pesquisa para tornar batatas resistentes ao fungo patogênico Phytophthora.

Os pesquisadores implantaram nas batatas um gene de resistência ao fungo presente em batatas selvagens.


Transgênicos são organismos que tiveram seu código genético modificado por meio da biotecnologia. Essa alteração inseriu no genoma desse organismo o DNA de espécies que não são compatíveis sexualmente.

Dessa forma, todo o transgênico é OGM, mas nem todo OGM é transgênico.


São exemplos de aplicação da biotecnologia:


Na agricultura: soja, milho, algodão, canola e cana-de-açúcar tolerantes a herbicidas, resistentes a insetos, vírus, estresses abióticos (seca, solos salinos, excesso de água) e/ou com composição nutricional melhorada;

Na saúde: tratamentos por meio de terapias gênicas, medicamentos para o tratamento de câncer, insulina produzida a partir de microrganismos transgênicos, mosquito da dengue geneticamente modificado para combater a transmissão da doença, vacinas veterinárias e humanas;

Na aquicultura: salmão transgênico que cresce mais rápido;

Na indústria de alimentos: uso de microrganismos transgênicos na produção de queijos, vinhos, cervejas e pães;

Na indústria química: uso de enzimas produzidas por microrganismos geneticamente modificadas para decomposição de moléculas de gordura em detergentes.


Como identificar transgênicos na alimentação


O alimento transgênico pode não ser identificado a olho nu. Dessa maneira, para saber se um alimento é ou tem em sua composição um ingrediente transgênico é preciso fazer testes em laboratório. No Brasil, um produto que contenha mais de 1% ingrediente transgênico em sua composição deve conter as seguintes informações:

1 símbolo de transgênico na embalagem. É representado por um triângulo amarelo, com a letra T dentro;

2 frase “produto produzido a partir de soja transgênica” ou “contém soja transgênica”;

3 nome da espécie doadora do gene junto à identificação dos ingredientes ou sigla OGM (Organismo Geneticamente Modificado).

É importante saber que a rotulagem não tem relação com a biossegurança dos transgênicos, e sim com o direito à informação.




Os resultados nas áreas da saúde e biologia são em geral considerados grandes avanços científicos, e mesmo despertando certas controvérsias, têm propiciado grande ampliação no conhecimento e diversos benefícios. Por outro lado, no campo da produção de alimentos destinados aos humanos a polêmica é particularmente intensa. Inicialmente a técnica foi saudada como a grande esperança para a solução do problema da fome no mundo.

No entanto, o surgimento de doenças como alergias, depressão, resistência a antibióticos, infertilidade e até mesmo o câncer, foi associado ao consumo de alimentos transgênicos. Além dos riscos para a saúde dos consumidores, o problema se agrava quando se considera a biodiversidade.


O cultivo de plantas transgênicas, em larga escala, poderá provocar a disseminação de transgenes, cujos efeitos, particularmente sobre os componentes da biodiversidade, são difíceis de estimar e, são irreversíveis. A ameaça à biodiversidade, como consequência da liberação desses organismos no meio ambiente, decorre das propriedades específicas de cada transgene. A inserção de uma variedade transgênica em uma comunidade de plantas, ou animais, pode proporcionar vários efeitos indesejáveis, como a eliminação de espécies pelo processo de seleção natural; a exposição de espécies a novos patógenos ou agentes tóxicos; a geração de super-plantas daninhas ou super-pragas; a poluição genética; a erosão da diversidade genética e a interrupção da reciclagem de nutrientes e energia no ecossistema, entre outros.


Alguns efeitos do uso de trangênicos no meio ambiente já foram verificados.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa, nos EUA, observaram que o pólen de milho transgênico pode ser mortal para as borboletas Monarca. Além disso, no México os transgenes contaminaram as variedades crioulas e populações silvestres de milho. Vale salientar que o México é considerado o centro de origem do milho. São diversos motivos para a preocupação dos transgenes no ambiente. Dentre as principais razões se destaca a difusão de vegetais resistentes a pragas agrícolas que pode levar a supressão e eliminação em grande escala de uma série de espécies de insetos que são importantes para o equilíbrio ecológico, bem como para a polinização.


Atualmente, os Estados Unidos, o Brasil e a Argentina são os maiores produtores de transgênicos, sendo o milho e a soja os alimentos transgênicos mais consumidos no mundo. Entretanto, as dúvidas relacionadas ao impacto desses alimentos, tanto para a saúde quanto para o meio ambiente, levaram alguns países a não permitirem o cultivo ou a importação de variedades geneticamente modificadas.


O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança da Convenção sobre Diversidade Biológica é um acordo internacional sobre biossegurança, que entrou em vigor em 2003, e visa proteger a diversidade biológica dos riscos potenciais de OGMs, e deixa claro que os produtos das novas tecnologias devem basear-se no princípio da precaução. Sugerindo, por exemplo, que os países proíbam as importações de OGMs se acharem que não há provas científicas suficientes de que o produto é seguro e exigem que os exportadores rotulem as remessas que contenham produtos geneticamente alterados.


Nesse contexto, o consumidor tem o direito de saber se os produtos que estão adquirindo contêm OGMs e, assim, tomar a decisão de consumi-los, ou não, de acordo com seu estilo de vida e sua consciência ecológica. Como alternativa, a demanda pelos “vegetais orgânicos” vem aumentando nos últimos anos. Pequenos e médios produtores já estão conquistando o mercado consumidor substituindo sementes transgênicas por sementes convencionais.


O que fazer?

Procurar uma marca orgânica certificada é a sua aposta mais segura, já que o Programa Orgânico Nacional proíbe o uso de OGMs em qualquer produto orgânico. Contidos sob o cabeçalho de alimentos orgânicos são alimentos não geneticamente modificados ou simplesmente não-OGM. Em outras palavras, se você comprar algo com o rótulo "orgânico", ele será automaticamente não-OGM. Também recomendamos entrar em contato com os agricultores locais, discutir o assunto e fazer parcerias com aqueles que assumiram o compromisso de usar e cultivar apenas produtos alimentícios limpos. Ou o melhor de tudo ... cultive sua própria horta orgânica com sementes não transgênicas!


Venenos Processados ​​e Embalados

Os métodos de processamento de alimentos, como calor, pressão e certas formas de luz e radiação, diminuem severamente os alimentos de sua força vital, enzimas que ocorrem naturalmente e nutrientes. Esses “alimentos” processados ​​também sobrecarregam seu sistema digestivo, comprometendo o sistema imunológico e contribuindo enormemente para a crescente epidemia de câncer.

Além do processamento que destrói nutrientes, a maioria dos alimentos embalados (alimentos em latas, garrafas, caixas, plásticos, etc.) contêm toxinas químicas adicionadas que foram consideradas “seguras” por várias agências reguladoras do governo, mesmo quando não são!

Uma pequena lista dessas toxinas químicas inclui coisas como:

- Conservantes para prolongar as cores artificiais em prazo de validade - Edulcorantes artificiais (como o aspartame) Melhoradores de sabor artificiais - Agentes de “condicionamento de alimentos” como emulsificantes, agentes antiespumantes, antiespumantes, estabilizantes, espessantes, amidos modificados, gelificantes e a lista continua.

Além desses aditivos tóxicos em alimentos processados, existem mais de 10 mil produtos químicos rotulados GRAS (geralmente reconhecidos como seguros) pela própria indústria de alimentos! Ao rotulá-las como GRAS, as empresas de alimentos podem tirar proveito de uma lacuna que permite que esses produtos químicos sejam aprovados para uso sem nunca terem que ser testados quanto à segurança humana. Inacreditavelmente, se você procurar esses ingredientes no rótulo, eles nem estão lá. Sim, a lacuna GRAS também permite que as empresas de alimentos evitem rotular esses ingredientes! Os alimentos processados ​​com etiquetas extravagantes parecem ter uma vida útil de um zilhão de anos. Bem, isso é quanto tempo as partículas de comida não digeridas e as toxinas químicas nelas podem durar em seu corpo também. Aqui está algo para sempre lembrar: Se você quiser viver uma vida longa e saudável, livre de câncer, coma alimentos com uma vida útil mais curta.


*fontes: Cia-Conselho de Informações sobre biotecnologia -cib.org.br

Revista Bioika por Rose Dias - Transgenicos Potenciais Riscos ‘a saude humana e ao meio ambiente

TTAC-GMOs

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